quarta-feira, 19 de agosto de 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AS FLORES DA PRIMAVERA

Primavera! Primavera!
mais que linda estação,
e com o som da natureza
nós ouvimos esta canção.
Primavera! Primavera!
que bela a estação:
muitas flores neste tempo,
isto é uma paixão.
As flores já estão crescendo,
e o sol já está nascendo,
o girassol vive rodando,
e as pessoas, pela rua, vão andando.
.
(_João Pedro Tavares Perna_)

A INVASÃO (Poesia Infantil)

Em um belo dia
Um gato preto
De raça misteriosa Mia.
E o céu começou a vibrar
Enquanto os vidros
Começaram a quebrar
E morcegos vampiros
Voavam pelo ar.
Todos se espantaram !
Os morcegos se transformaram
E as pessoas não gostaram.
Morcegos transformados em vampiros
Bebiam sangue e comiam suspiros.
1/4 da cidade faliu
E uma coisa o prefeito decidiu:
O exército chamou
E os vampiros matou.
E a cidade mais uma vez ele salvou.
(_João Alvarez de Sá_)

O Carro Fantasma (Poesia Infantil)

Em 1855 morreu um corredor vigarista.
Uns dizem que ele morreu
caindo para fora da pista
Outros dizem que foi por furar o pneu.

Agora ele voltou, mas como fantasma.
Voltou para se vingar
E no início da corrida
Todos ficaram de cabelo pro ar.

Ele furou o pneu
Da metade dos corredores
E desandou a flutuar
E chamou seus adversários de perdedores.

Então chegou a curva perigosa
A curva em que saiu da pista em 1855
Todos, menos ele, acharam a pista gostosa.

Então ele capotou na mesma curva
E sumiu do universo
E ao invés de acontecer o que ele queria
Aconteceu justamente o inverso

(_João Alvarez de Sá_)

Ronny Rally (Poesia Infantil)

Ronny Rally era um cara mau.
Apesar de ser Bonitão e radical.
Ele dizia ser genial.
Quando matou o filho do xerife,
O xerife disse que ia se vingar
E com Ronny Rally ia acabar,
E no primeiro tiro ia acertar.
Quando o xerife o matou,
Um zumbi do Ronny se formou,
E sem contar na cidade,
Que toda se assustou.
Quando a guerra começou,
O xerife o Ronny matou.
Um anjo do xerife se criou,
E a bondade ele espalhou
E com Ronny Rally acabou.
E com muita vontade
Lá no céu seu filho encontrou
(_João Alvarez de Sá_)

A NOITE PASSA (Poesia Infantil)


A noite passa,
E eu me amedronto
Tem vezes que fico tonto.

A Noite Passa
Vejo figuras pelos ares
Quando na verdade
São apenas sombras de árvores.

A noite passa,
E meu senso de coragem acabando,
Mas com a coragem que restou...
Vou agüentando.

A noite passou.
A noite em claro passei...
E agora para a escola eu vou.

(_João Alvarez de Sá_)

Brincadeira de Crianças



Todo mundo brinca
Não importa sua raça.
Vem aqui comigo,
Senão não vai ter graça...

A gente brinca de pega-pega,
E também de pik-esconde,
Que tal de cobra-cega,
Vamos brincar aonde?

Boa idéia a sua,
No parque é muito bom.
Porque ela é branca
E ele é marrom?

Ora neném,
Cada um tem sua cor.
Veja você,
É um bem claro marrom...

Polícia e ladrão,
Elástico e corda,
Passa-anel e babalu,
A gente sempre recorda...

(_Aline Vonzodas Garroux_)

O presente (Poesia Infantil)



Numa caixa bem bonita,
Enfeitada de brilhantes,
Com uma fita colorida,
E desenhos fascinantes.

Não sabia pra quem era,
Então resolvi abrir,
Era uma luz muito bela
Parecia vir a mim.

Era um espelho.
Eu estranhei,
Como presente,
Não quero mais...

Mas descobri que ele tinha
Uma grande qualidade,
Lia a vida de todos
Com tanta facilidade...

(_Aline Vonzodas Garroux_)

Um lindo Sonho (Poesia Infantil)

Numa noite comum
Olhando para o céu,
Encontrei a lua,
A Lua cor de mel.

Uma ave surgindo
Do meio da constelação,
Me levou para a lua
Na maior emoção.

Quando cheguei lá,
Duas trilhas avistei,
escolhi a da direita,
A esquerda já nem sei...

— Estou num conto de fadas
Podem acreditar!
Essa poesia,
Não dá pra explicar...

Percebi que era sonho
Quando despertei,
Mas a lua estava lá
A procura do seu Rei.

(_Aline Vonzodas Garroux_)

As crianças mal amadas (Poesia Infantil)


As crianças mal amadas
Têm os olhos
Da cor da noite
E uma nuvem
No lugar do coração.
As crianças mal amadas
Gostam dos recontos
E dos desencantos
Da solidão.
Não têm amigos
Conversam com os dedos
Não estragam brinquedos
E têm segredos
Adormecem com medo
Do Bicho Papão.


(_Maria João Domingos - Maio 2003_)

A oração do Luís (Poesia Infantil)

A oração do Luís

Todas as noites a mãe
Quando deitava o Luís
Nuna percebia bem
A oração do petiz.


Sempre que o filho rogava
O pão nosso de cada dia
Não sei o que suplicava
Que ninguém o percebia.


Até que numa ocasião
De sono quae perdido
Fez mais alta a oração
E descobriu-se o pedido.


Luís. cheio de fervor
Com uma vozinha meiga
Pedia a Nosso Senhor
O pão-nosso.. com manteiga.


(_António Costa - Janeiro 2003_)

A Formígrafa (Poesia Infantil)

A Formígrafa

Formigavam as formigas
de um buraquinho no chão
todas muito direitinhas
numa fila perfilada
que contornava o torrão.
Eis senão quando uma delas,
sem motivo, nem razão,
deu dois passos de guinada
e mudou de direcção.
Foi a fila para um lado

e a formiga dissidente
para outro bem diferente.
Devagar, mas persistente,
galgou, cansada, um degrau,
marinhou por um sobrado,
contornou uma cadeira,
subiu a perna da mesa
e pousou sobre um papel
onde havia quatro versos
que a prenderam como mel.
Era ali que queria estar
e acabar o seu dia
entre as curvas dançarinas
das letrinhas elegantes.
Queria ser caligrafia.
Pensou ,talvez, ser acento.
Mas um grave, nem pensar.
e agudo muito menos...
Não suportava a tortura.
De tanto se inclinar
ficava numa tontura.
Com um jeito de coluna
podia ser circunflexo.
Mas a torção era um excesso!
Podia, se bem quisesse
pôr um ar mais donairoso,
ser um til bem saboroso...
E deitada, bem esticada
tornava-se travessão...
Mas não gostava de nada.
Não achava a vocação.
Foi então, desanimada,
que parou no fim da linha,
encolheu-se, redondinha,
a sentir-se uma falhada.
E assim adormeceu.
Vai daí chega o poetaque fora dar um passeio
a espairecer a cabeça
do desespero de ter
um poema em formação
e não saber que escrever
para lhe dar conclusão.
Olha então para o papel
e solta um grito espantado!
O poema interrompido,
vai-se a ver, estava acabado.
Abriu um olho a formiga
e, espertinha, percebeu.
Satisfeita, regalada,
ainda mais se encolheu.
Estava agora consolada.
Tinha um destino, afinal.
Ia ser ponto final.

(_Margarida Ribeiro - Junho 2002_)

(Poesia Infantil)

Dormem numa cama de algas
entre rochas e corais
só não podem bronzear-se
na extensão dos areais

Porque peixes fora de água
não conseguem respirar
mexem as guelras depressa
e voltam logo ao mar

Os peixes de muitas cores
das águas fundas dos mares
sabem por ovos fresquinhos
com peixes aos milhares

Dona Pescada Merlusa
foi um dia convidada
para ir ao baile dos peixes
e para ir bem mascarada

Mascarou-se de moreia
e enfeitou as barbatanas
fez um buraco na areia
e limpou bem as escamas

Os peixes de muitas cores
das águas fundas dos mares
sabem por ovos fresquinhos
com peixes aos milhares

"Para onde vai mascarada,
Dona Pescada Merlusa?"
"Vou para o baile dos peixes
com uma saia e uma blusa".

"E quando voltar do baile
venha dar-me boas novas;
e que tal se esta noite
nos desse um pratinho de ovas?"

Os peixes de muitas cores
das águas fundas dos mares
sabem por ovos fresquinhos
com peixes aos milhares

(_José_Jorge_Letria_)

(Letra de uma canção escrita para o programa de televisão - "A Arca de Noé" - Outubro 2001)

Duas Estrelas (Poesia Infantil)



Duas Estrelas

A estrela que está no céu
Pôs-se um dia a voar
Viu outra estrela nas ondas
Era a estrela do mar

As duas estrelas se olharam
E ficaram encantadas
Juntas nadaram, voaram
Duas estrelas apaixonadas

E ao darem o primeiro beijo
Tornaram-se uma estrela cadente
Se a vires, pede um desejo
Como faz tanta gente

(_Pedro Farinha_)



No Reino das pipocas (Poesia Infantil)

Era uma vez,
Uma casa redondinha
Onde estavam bem juntinhos
Os travessos milhozinhos.
Brincavam de rolar
Todos juntos amarelos
Depois começavam pular
E não usavam seus chinelos.
E naquela bagunça toda
O telhado se mexeu
Todas já ficaram brancas
E a garotada apareceu
Um cheirinho bem gostoso
Um gostinho especial
Quem não gosta de pipoca,
Vai brincar lá no quintal.
(_Claudia Liz_)